Friday, 9 July 2010

Não sei o que fazer deste dia. Não sei se devo pensar em ti.
A verdade é que penso todos os dias e nestes últimos, mais ainda... não tenho dormido muito.
Queria dizer-te tantas coisas. Não podias ter desaparecido assim, ainda mais com a ideia que não precisava de ti. Sou tua filha, já devias conhecer-me e saber que não mostro nem digo muitas coisas. Se calhar não sabias o quanto eras importante nem a falta que fazias.
Eu sei que cresci e tu nunca quiseste que eu deixasse de ser menina. Nem eu nem a mana. Eu sei que querias as tardes de monopólio para sempre. Eu sei que querias continuar a acordar-nos a tocar os teus vinis.
Eu sei que hoje queria ir jantar contigo e toda a família á feira do artesanato, como todos os anos fazemos. Mas sem ti, não tenho coragem de lá ir.
Acho que nunca terei coragem de voltar a muitos sítios. E sei que o que eu sinto nunca vai passar.
Hei de ser velha e chorar sempre que pensar em ti, e ficar triste pela ultima coisa que te disse ter sido que não me ligavas e por não ter dito que te adoro. És o meu pai e foste o melhor que podias ter sido.

Tenho saudades....parabéns pai.